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quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Mosquita (2° versão espetáculo teatral base)

Certo dia, Mosquita acordou e sentiu algo diferente.
Pensou estar doente.
Foi ao dentista, e ao nutricionista.
Não era fome.
Nem dor de dente.

No sitio já corria a noticia.
Estava doidinha...
Óooo coitadinha!

Ainda sentindo-se esquisita, foi ao analista.
Saiu de lá, sentindo-se radiante como uma artista.
Foi direto ao estilista, passou no massagista.
Logo na saída fez uma ligação,
Pediu a telefonista,
Que chamasse um taxista,
Que fosse rápido igual um avião.

No sitio já corria a noticia.
Estava doidinha...
Óooo coitadinha!

Chegando ao sitio,
A bicharada ficou apavorada,
Ao ver a vaca toda enfeitada!!!
De salto alto, e vestido de renda bem perfumada.
  
No sitio já corria a noticia.
Estava doidinha...
Óooo coitadinha!
  
Atchimmm... Espirrou o seu leitão
Que doideira
O sitio virou a maior zoeira
O caso era grave
Foge é contagioso
Socorro!!!
Corram... HAAAAaaaaa

Com a vaca louca
E o porco gripado
Tinha bicho se escondendo
Em cima do telhado
Até dentro do banhado

Gritou o beija-flor 
LÁ VEM O DOUTOR PEÃO...

O Doutor olhou para Mosquita...

E a bicharada do sítio?
Óoooo...

Mosquita olhou para o Doutor...

E a bicharada do sítio?
Óoooo...

Mosquita, ainda se sentindo diferente.
UUaaauuuu... Múúúúú....
Revirando os olhos,
Sentiu um frio na barriga.
O que seria?
Era doença?
Era alegria?
Era paixão!

Com os pés longe do chão
Voando num balão em formato de coração,
Foi ao encontro do Doutor Peão.
O famoso touro de rodeio,
Que ganhou seu coração.

Ó minha linda Mosquita
Para ti um verso direito
Fujo do laço
E sou bravo
Mas com você não tem jeito
Fico todo derretido
Mas isso não é defeito
Entrego a você todo amor
Que tenho dentro do peitoooooo
Assim cantava o Doutor Peão, com muita empolgação.


E a loucura?
Que loucura que nada.
Mosquita estava apaixonada!
E assim numa grande festa de rodeio se resolveu a confusão.


E o porco?
Será que era gripe?
Não!
Era só rinite.
UFA! O porco não estava gripado!

Houve tempos em que as palavras,
Faziam crianças dormirem,
Mandavam monstros embora,
Consolavam o coração,
Curavam a solidão,
Amenizavam a dor,
Abriam caminhos.
Houve um tempo em que as palavras,
Aproximavam pessoas,
Faziam amigos,
Eram doces,
Resolviam conflitos,
Criavam esperanças.
Houve um tempo em que as pessoas tinham pouco estudo,
E mais palavras.
Agora, vivemos em tempos em que as pessoas são retentores do conhecimento,
Diplomados,
Qualificados.
Não usam palavras doces,
Não resolvem conflitos,
Ignoram a dor...
Apegam-se a julgamentos baseados em teorias e estudos exatos.
Houve um tempo em que as pessoas,
Tinham pouco estudo, e mais CORAÇÃO.

(Gabi Schaurich)


Corrói, corrói, roí como dói!
Roc, roc, roc...
Corrói, corrói, rói como dói!
Roc, roc, roc...
Corrói, corrói, rói como dói!
Assim, dizia o queijo para o ratinho.


(Gabi Schaurich)
Sentindo aquela agonia,
Aquela saudade,
Aquela solidão...
Esperando por uma visita, ou uma simples ligação.
No vazio do dia,
No vazio da noite.
Não querendo ser o incomodo de ninguém,
Mas desejando ser a lembrança de alguém.
Sentimentos de abandono tomavam conta de sua alma...
Como queria ser vista,
Como queria ser lembrada.
Assim, pensava a caveira sentada em cima de sua tumba próxima ao orelhão.

(Gabi Schaurich)

domingo, 27 de abril de 2014

Pequenos Pensamentos

No nosso dia,
Eu desejaria felicidades...
Cantaria parabéns para ELA,
ELA cantaria para mim.
Eu tocaria violão para ELA,
Talvez, ELA tocasse para mim.
Contaríamos histórias juntas,
Faríamos teatro,
Sorriamos, choraríamos e teríamos uma à outra.
Será que seriamos iguais?
E o rosto DELA? Seria parecido com o meu?
Como seria viver, com duas de mim?
Nasci às 13h,
Ela tentou nascer às 13h15min

Apenas 15 minutos foram o bastante para nos separar por toda uma vida... (Gabriela Schaurich)
Somos atores,
Sentimos, vivemos e provamos emoções que nunca foram nossas.
Apoderamos-nos dos sentimentos das pessoas
Tornamos nossas as suas dores, fraquezas e alegrias.
Fazemos da mentira a verdade
E da verdade a mentira
Nem tudo que dizemos é verdade
Nem tudo que sentimos é mentira

Nós apenas, somos atores... (Gabriela Schaurich)
Cada fase de nossa vida
temos uma face
As fases passam
as faces ficam
Marcas do tempo
De palavras soltas no vento
Balbuciadas de puro sofrimento
Fases?
Ou faces?
Qual a fase da sua face?

(Gabriela Schaurich)